Só Yehôshua Salva

O Verdadeiro Calendário dos Hebreus

O Verdadeiro Calendário dos Hebreus

O Verdadeiro Calendário dos Hebreus

     Recentemente, temos visto despertar um grande número de pessoas que demonstra a preocupação com a celebração das festas bíblicas, não apenas como mandamentos dados pelo Eterno a Seu povo, mas também como forma de anúncio da obra de Yehôshua. As festas bíblicas, todas elas, apontam para a obra redentora que Yehôshua realizou, ou para aquilo que profeticamente sabemos que ainda está por vir. O primeiro passo dado por essas pessoas é alegremente consultar o calendário judaico, para verificar quando serão as festas de Yehôshua, afinal, enquanto o Cristianismo alterou as datas das festas de Yehôshua e resolveu criar novas celebrações (como o domingo, o Natal, a páscoa cristã, etc.), o Judaísmo preservou fielmente as datas tais quais reveladas a Moshê (Moisés) aos pés do Sinai, certo? Errado!

Pode parecer um choque para os irmãos que a resposta acima tenha sido dada, mas não se trata aqui de sectarismo ou de qualquer tentativa de distanciamento do Judaísmo. Muito pelo contrário, foi o Judaísmo atual que se distanciou do hebraísmo histórico. Poucos sabem, mas o calendário seguido pelos grupos judaicos hoje não é o calendário bíblico original, e sim um calendário muito posterior.

A Forma de Determinação do Calendário

     Inicialmente, o calendário judaico era calculado com base na observação dos astros. Embora a matemática jamais tivesse ficado plenamente de fora dessa equação, a ideia era a de que o calendário se baseava na observação dos astros.

A prática de observação dos astros aparece bem cedo na Torah:

“Vayomer Elohim yehi meorot birkia hashamayim lehavdil bein hayom uvein halaila vehayu leotot ulemoadim uleyamim veshanim”.

“E disse Elohim: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.” [Bereishit/Gênesis 1:14]

     Aqui se vê pela primeira vez que o intuito de YHWH na criação dos astros foi justamente dar ao homem a capacidade de observar os tempos por Ele determinados, os chamados “moadim”. O calendário é determinado na base de “otot” (plural) – O termo hebraico “ot” significa “sinal”. Assim sendo, as meorot hashamayim (luminárias celestiais) seriam os sinais necessários para determinar Seus tempos apontados.

A Origem do Calendário Judaico Atual

Todo esse contexto é importante para entendermos como surgiu o calendário judaico atual. A primeira surpresa que se pode observar é que esse calendário não se baseia em qualquer observação astronômica, mas sim em um complexo conjunto de cálculos previamente realizados. Mas então, como e por que surgiu? A resposta é mais surpreendente do que pode parecer: foi graças inicialmente à astronomia babilônica, e posteriormente a Roma (mais especificamente Constantino!) que o calendário judaico atual foi criado. O calendário judaico atual é um modelo matemático que se inspira, embora altere o calendário farisaico – calendário esse que estudaremos mais adiante. A história do calendário judaico atual se divide em três partes. As duas primeiras no chamado “período talmúdico” e a terceira com o sábio Hillel 2. A base do conhecimento aqui relatado vem do artigo “A História do Calendário”, da Enciclopédia Judaica. 

Mudanças durante o Período Mishnáico

     Mais adiante, estudaremos o modelo do calendário farisaico, tal qual exposto pela Mishná. Contudo, para fins de concluirmos nosso estudo sobre o calendário judaico, é importante adiantarmos um detalhe sobre ele: A determinação do mês segundo o calendário farisaico era feita com base no crescente visível. Assim sendo, só se conhecia de fato o início de um determinado mês no dia em que a lua crescente fosse primeiro avistada. Dessa maneira, ninguém sabia quando ocorreriam as festas bíblicas, até que o novo mês fosse proclamado pelo Sanhedrin (Sinédrio). 

Mudanças durante o Período Talmúdico

 Durante a diáspora ocorrida após a destruição de Yerushalayim (Jerusalém) por parte de Roma, cresceu o interesse dos sábios por calcular matematicamente o calendário judaico, visto que o acesso a Yerushalayim (Jerusalém) já não era tão livre quanto anteriormente. Nessa época, um rabino denominado Sh'muel, e apelidado de “Yarhinai”, por causa de sua familiaridade com a lua (Yareach) se tornou o astrônomo judeu mais famoso na Babilônia. O Talmud, em Berachot 58b, diz que ele conhecia tão bem os trajetos celestiais quanto as ruas de sua cidade. Sh'muel Yarhinai dirigia uma escola na Neardéia, na Babilônia, onde criou o primeiro calendário judaico fixo, baseado puramente em cálculos matemáticos. Isto foi feito para que a comunidade judaica não dependesse das informações da região da Judéia, cujo acesso havia sido muito dificultado. Yarhinai foi o primeiro a calcular o calendário, diferentemente da determinação bíblica de observação. Compreende-se que isto surgiu de uma necessidade. Yarhinai calculou cerca de 60 anos de calendário com seu método. Alguns outros rabinos, como Adda, também fizeram tentativas de calcular o calendário sem se basear na observação.

A Divergência

     Pouco depois da morte de Yarhinai, em 250 DC, sob o comando do rabino Yehudah III, cerca de 300 a 330 DC, a observância dos astros se tornou uma mera formalidade. Yehudah III instituiu o calendário puramente baseado no modelo matemático derivado principalmente dos ensinamentos de Yarhinai. Essa mudança não foi bem recebida por todos os membros do Sanhedrin (Sinédrio). Um dos mais ferrenhos adversários dessa mudança foi o rabino Yossef, que escreveu às comunidades judaicas da Babilônia e de Alexandria que continuassem a preservar o costume antigo, celebrando inclusive algumas festas bíblicas por dois dias (?!?). Durante essa época, as comunidades judaicas se fragmentaram em sua observância do calendário. Havia ainda pequenas comunidades derivadas de grupos não farisaicos, que observavam seus próprios calendários (veremos isso mais adiante), e mesmo dentre as comunidades farisaicas, maioria à época, não havia mais um consenso.

As Regras de Adiamento

     O Targum Yerushalmi, em Meguilá 70b, também narra um detalhe curioso. Nessa passagem, vemos que o rabino Yossef, em meio a esse período de reforma no calendário, também determina que a festa de Purim (que começa ao décimo quarto dia do décimo segundo mês), não poderia cair num Shabat nem em no segundo dia, para que o Yom Kipur (no décimo dia do sétimo mês) não caísse no sexto dia nem no primeiro. Isto é, para que o Yom Kipur não caísse nem antes nem depois do Shabat. Veremos mais adiante que o motivo de tal coisa estava no fato de que o calendário farisaico acabou com uma das características mais distintas e interessantes do calendário bíblico: o fato das festas bíblicas ocorrerem sempre no mesmo dia da semana. Assim sendo, gerou-se uma grande polêmica em termos de halachá sobre como fazer quando certas festas bíblicas caíssem em determinadas datas. A polêmica acirrava os ânimos das escolas judaicas, e deveria ser tratada para evitar um racha ainda maior. Além disso, havia uma enorme preocupação de se evitar que as datas coincidissem com as datas do calendário bíblico, ainda defendido por opositores ao farisaísmo, como os saduceus e os essênios. Veremos isso mais adiante quando falarmos do calendário rabínico. Dessa forma, foram introduzidas no cômputo do calendário algumas leis de adiamento para evitar tais situações. Veremos algumas dessas leis ainda nesta seção, e como elas afetam as datas das festas bíblicas.

     A Babilônia, cuja astronomia era bastante avançada para a época, possuía uma forma de computar seus meses, cujo início ocorria com o crescente visível – veremos adiante que essa é a origem do calendário farisaico.     

Aberrações halachídicas

     Literalmente significa que “o primeiro, quarto e sexto não são cabeça”. Ou seja, o “Molad Tishrei” (Yom Teruá) não pode cair no primeiro, quarto nem sexto dias. Se isso ocorrer, então Yom Teruá é adiado por um dia. O motivo para isso acontecer é evitar problemas de halachá. Se o primeiro dia do sétimo mês (Yom Teruá) ocorresse no quarto dia, o Yom Kipur ocorreria no sexto dia (dia em que era celebrado pelos saduceus e pelos essênios). Se ocorresse no sexto dia, então o Yom Kipur ocorreria no primeiro dia, isto é, imediatamente após o Shabat, o que seria considerado indesejado pela halachá ortodoxa. Nesse caso os Rabinos (rapinos) ignoram a Lua e observam as suas particulares e convenientes interpretações. Caso o primeiro dia caísse no primeiro dia da semana, o sétimo dia de Sukot (Tabernáculos) cairia no Shabat. Considerando os rituais associados a esse dia, os fariseus consideravam tal coisa indesejada, pois poderia haver conflitos de halachá, visto que certos aspectos do ritual desse dia seriam tidos como ilícitos para o Shabat. Só que nós devemos celebrar o Yom Kippur, Sukot, ou qualquer outra Festa no Dia certo que a Lua fixar e ponto final. Não temos NADA a ver com halachá rabínica. Concluimos que o verdadeiro Calendário Hebraico segundo as Escrituras NÃO é esse babilonizado Calendário Judaico, mas é o fixado pela Lua Nova no dia que for Lua Nova e não nessa baboseira de “Crescente Visível”, ou qualquer outra babaquice rabínica.

Fonte: http://www.torahviva.org/index.php?p=5_75

 

IDOLATRIA DO JUDAÍSMO TALMÚDICO COM RELAÇÃO AO ATUAL CALENDÁRIO JUDAICO TOTALMENTE BABILONIZADO: O Sistema Rabínico mantém o uso do Calendário oriundo do sincretismo Babilônico, com nomes idólatras para os seus meses como é o caso de Tamuz e com a celebração do Ano Novo em Yom Teruah (Lua Nova do sétimo mês). Yom Teruah é o Dia das Trombetas. Dia de Tocar o Shofar anunciando o Julgamento e simboliza o despertar da Consciência para o tempo Messiânico. Tanto é que logo em seguida vem a Festa de Sukot (Cabanas) que celebra a Novo Milênio e comemora a passagem pelo Deserto. Veja Tzachariyahu (Zacarias) 14:16-19. E porque os Rabinos sendo Sábios não enxergam isto? É a cegueira provocada pela Idolatria. O Homem que tem a Consciência desperta, a Consciência do haMashiach, não é apenas um Erudito intelectual, mas um verdadeiro Sacerdote. O Rabino que reza na sepultura de um morto não pode falar nada do cristão que adora um deus-morto, ou uma imagem de escultura. Por mais erudito que seja, está chafurdado na Idolatria. Isto, diante da Torah, ofuscada está a sua Sabedoria.

E quanto aos meses do ano?

O Talmud de Babilônia diz, no tratado Rosh Hashanah 01-02:56d: “Os nomes dos meses veio com eles da Babilônia”. O Rosh Hashanah celebrado em Yom Teruah é anti-Torah.  ▬    וּבַחֹדֶשׁ הַשְּׁבִיעִי בְּאֶחָד לַחֹדֶשׁ, מִקְרָא-קֹדֶשׁ יִהְיֶה לָכֶם--כָּל-מְלֶאכֶת עֲבֹדָה, לֹא תַעֲשׂוּ:  יוֹם תְּרוּעָה, יִהְיֶה לָכֶם. ▬ No texto Hebraico acima aparece os vocábulos “Yom Teruah” que significa “Dia de soar as Trombetas”. Veja Bamidbar (Números) 29:1.  E os Rabanim transformaram este dia em “Rosh Hashanah” (Ano Novo). Destarte, na Torah está dito: “Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. Veja Shemot (Êxodo) 12:2. Aqui se refere ao mês de Abib. Este é o mês em que se celebra Pêsach. O dia primeiro do mês é na Lua Nova. No entardecer do dia 14 (Lua Cheia) começa a celebração de Pêsach. Veja Shemot (Êxodo) 12:6-10. Portanto, os senhores Rabinos intelectualistas racionais mantenedores da tradição Haláchica, criaram um poderoso sistema religioso Ortodoxo, no qual o Talmud ficou como “cabeça” e a Torah ficou como “cauda” e, pior, com uma cerca ao seu redor. Quanto à verdadeira Espiritualidade da Torah, somente foi praticada em todo o seu esplendor durante a temporada no Deserto, enquanto Moshê (Moisés) estava presente. O próprio Moshê só ficou preparado Espiritualmente para ser líder de seu povo após quarenta anos no Deserto, em companhia de seu sogro.

A Divergência já é Antiga – Identificação da Comunidade de Qumran

Nos dias de Antíoco Epifanes, o helenismo invadiu a Judéia com a cumplicidade de alguns Yehudim traidores. Daí, movidos pelo ardente zelo à Lei de Deus e pela liberdade de autonomia de seu povo, levantaram os Macabeus, posteriormente chamados “Zelotes”. Desde esse tempo, (por volta de 175 a.C.), os Zelotes vinham lutando contra inimigos internos (Yehudim traidores) e externos (os gregos e romanos). Os Yehudim traidores, chamados nos Pergaminhos de Qumran de “Sacerdote Ímpio”, são identificados com os saduceus que formavam a casta sacerdotal do Templo. Classe esta terrivelmente marcada por corrupção, apostasia e subserviência à dominação estrangeira, desde o corrupto e intriguento sumo-sacerdote Alcimo nos dias dos Macabeus, até ao demoníaco Anah nos dias de Yehôshua, o qual entregou a morte o “Mestre de Justiça”, como é relatado nos Pergaminhos de Qumran no Pesher Habakuk (1pHab). Com a dominação romana na Judéia, a dinastia herodiana (Herodes O grande 73 a 4 a.C. e sua descendência) tornou-se leal “amigo e aliado” de Roma. Em troca de sua lealdade a Roma (traição aos Yehudim), o Imperador Otaviano deu a Herodes o título de Rei dos Yehudim. Daí o motivo para os Zelotes manterem-se afastados da vida oficial e formarem a Comunidade de Qumran. Assim, nos Manuscritos de Qumran, Herodes é chamado de “O Mentiroso” e o “Traidor” e o sumo sacerdote Anah é chamado de “O Sacerdote Ímpio”, o Senhor Yehôshua é identificado como “O Mestre de Justiça”, o qual foi morto pelo Sacerdote Ímpio. Os Zelotes formaram e povoaram a Comunidade de Qumran desde 175 a.C. até o ano 68 da era comum; porém resistiram em Massada até ao ano 74 da era comum, quando os romanos conseguiram penetrar na fortaleza inexpugnável de Massada. De acordo com os registros encontrados em Qumran, aquela comunidade era essencialmente a resistência judaica contra a dominação romana. Era uma comunidade guerreira, como se pode ver pela “Regra da Guerra” encontrado em várias grutas. Em todos os Manuscritos eles se identificavam como os filhos de Sadok, os pobres do deserto, membros da Nova Aliança. Os que aguardavam a manifestação do haMashiach e a restauração do trono de Davi, que havia sido usurpado por Herodes, o Traidor. Porém, os manuscritos de Qumran se referem freqüentemente a uma divisão, um cisma profundo e fundamental que dividiu a Comunidade qumrânica. Nessa disputa dentro da própria Comunidade, apenas uma ínfima minoria toma partido ao lado do Mestre de Justiça, enquanto que a maioria segue ao Mentiroso. O motivo de tamanha ruptura é porque Yohanan, o Batizador, um dos principais líderes da Comunidade e tido como um Profeta por todo o povo, identifica Yehôshua de Neseret como sendo o tão esperado haMashiach, o “Mestre de Justiça” ... Porém, as qualificações que a Comunidade esperava encontrar no haMashiach, eles não viram em Yehôshua... Eles esperavam um Guerreiro que esmagaria todos os inimigos, e, no entanto, Yehôshua dizia: “Bem aventurados os pacificadores... Amai os vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem... Guarda a tua espada, pois todo aquele que lança mão da espada, morrerá pela espada...” – Tais declarações deixava confusos os próprios discípulos, e a multidão se escandalizava com o Mestre. Depois que o mestre morreu, o sentimento generalizado entre a multidão era o mesmo expressado pelos próprios discípulos: “O que aconteceu a Yehôshua de Neseret, que foi um Profeta poderoso em obras e em palavra, diante de Deus e diante de todo o povo; nossos chefes e o sumo sacerdote o entregaram para ser morto e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse Ele quem iria redimir a Israel; mas, com tudo isso que aconteceu...” (Lucas 24:19-21). O próprio Yohanan, o Batizador, que havia testemunhado publicamente que Yehôshua era o haMashiach esperado (João 1:29-34), chegou a duvidar de tudo, a ponto de perguntar: “És tu mesmo aquele que há de vir, ou havemos de esperar um outro?” (Mat 11:3). – A verdade é que os Zelotes, ou a Comunidade de Qumran acreditaram em Yehôshua como sendo Ele o haMashiach; porém com a sua morte, eles o abandonaram e seguiram o Mentiroso, rebelaram-se contra Roma e foram esmagados, pelo fato de não crerem no Mestre de Justiça, para darem crédito  ao Mentiroso. Isso, para se cumprir a profecia que diz: “Espada, levanta-te contra o Meu Pastor e contra o homem, Meu Companheiro, diz YHWH dos Exércitos. Fere o Pastor, que as ovelhas sejam dispersadas...” (Zacarias 13:7). Por isso, o Senhor Yehôshua disse na noite em que foi ferido: “Essa noite todos vós escandalizareis por minha causa, pois está escrito: Ferirei o Pastor e as ovelhas do rebanho se dispersarão” (Mat. 26:31).

 Pastor Josué Guerreiro